“A saga de um hospital público”, gravação do CD “Um segundo de glória”, de 2007
A SAGA DE UM HOSPITAL PÚBLICO Letra e música: Ricardo Caulfield Mulheres pedem ajuda, homens querem a cura Desesperados, eles vêem a vida partir em fuga É um hospital público em um lugar miserável Cidadania sangra O ser humano é descartável Quem é o responsável? Nós pagamos por isto! Afinal, este hospital é público! A dor ilumina as faces acizentadas Cônjuges que não vão rever a pessoa amada Remédios falsificados, médicos inexperientes Este hospital é um matadouro de gente É um hospital público em um lugar miserável Cidadania sangra O ser humano é descartável Quem é o responsável? Nós pagamos por isto! Afinal, este hospital é público Talvez minha morte sirva para algo Talvez o hospital seja interditado Talvez minha família ganhe uns trocados Talvez meu nome apareça no noticiário Veja aquele enfermeiro, ele já comprou dois carros A funerária lhe paga um cachê a cada obituário É um hospital público em um lugar miserável Cidadania sangra O ser humano é descartável Quem é o responsável? Nós pagamos por isto, afinal, este hospital é público!
Veja o clipe da música “Tem sempre um idiota querendo me ensinar uma lição”, do CD “A Eternidade do Caos. Grito de liberdade, tapa na cara dos hipócritas, dos autoritários e dos amigos por conveniência.