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PARAÍSO

Letra de Ricardo Caulfield
Gravação do CD 15 abismos, de 2002
Eu não quero ir para o paraíso, admirar o que não acredito / Quero ficar no planeta terra, eu acho linda esta guerra / Este lugar está contaminado, é um mundo condenado / Competição é o processo, demolição se chama progresso

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ORAÇÃO PARA OS INVEJOSOS
Gravação do CD 15 abismos, de 2002
Letra de Ricardo Caulfield

Tanta gente entra, tanta gente sai / Nunca é tarde demais / Este é um mundo particular, /Muitos precisam, mas poucos sabem dar / Ser gente não é o suficiente para não ser devorado / Aos invejosos, eu desejo amor, / Se precisarem de um amigo, eu estou ao dispor / Ao invejoso, eu desejo carinho / Por tentar, em vão, brilhar sozinho / As luzes estão acesas, há lugar nas mesas / Não faltam alimentos, não é um mundo pequeno / Ao invejoso, eu recomendo estudo / Para afastar a cegueira que tornou seu coração surdo / Talvez fome e frio ensinem a vocês o valor de um amigo / O homem no banco da praça viu incêndio, doença e paixão / A vida para ele não tem graça…palavras têm mais imaginação / Senhor abre as asas sobre a dor, a mentira, inércia / O egoísmo, a raiva e a inveja / Permita que as nuvens levem para longe toda a minha saudade / E que seja o céu o melhor cartão-postal quando eu pensar em liberdade

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OLHOS VERMELHOS
Gravação do CD 15 abismos, de 2002

Meus olhos vermelhos, meus vasos romperam / Minha alma fugiu! / Descobri novidades, injetei liberdade / Mastiguei o Brasil! / Se eu sonhar com você, me acorde e ofenda / Chega de alimentar minha alma com uma venda / Chega!!! / Quando fecho os olhos, você não existe / Mas se os abro, lá está: meu karma, sua imagem / Sua vida, uma bobagem / Quero decifrar você, insaciável enigma! / porque é simultâneo: descobrir e reconhecer! / Engolir o seu vômito / é este o meu ônus! / Quem vive de jurar, paga juros à vista! / Se eu sonhar com você, me acorde e ofenda / Chega de alimentar minha alma com uma venda / Chega!!! / Quando encosto a porta desescuto os seus passos / Mas lá fora lá está: sua vida, um desastre / Os olhos em toda parte / Quero decifrar você, insaciável enigma! / porque é simultâneo: descobrir e reconhecer! / Fogo!Fogo!Fogo! / Quero queimar no inferno do seu ventre! / Beber o vinho no pergaminho da sua língua! / Acender a chama do seu amor até me tornar… carvão sem vida!

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NÃO EXISTEM ACIDENTES

Gravação do CD “Um segundo de glória”, de 2007
Letra: Ricardo Caulfield
Música: MárcioBukowski/Ricardo

Nas costas do homem havia duas mãos / isto tem nome chamam de empurrão / não ter mais com que se preocupar / acontece com quem cai do décimo andar / logo ele que era a testemunha principal / logo ele que ia depor no tribunal / Ladrões, falsários, assassinos / na pele de bons meninos / a bancar o otário prefiro que digam que sou descrente / não existe sorte ou azar, não existem acidentes / Agora quem chora, ajoelha e pede desculpas / Ria no dia que te armou a arapuca / Uma colher de egoísmo, duas de falsidade / Difícil é separar o boato da verdade / Então se queres vencer a qualquer custo / Por favor não reclame de que o mundo é injusto / São dois tipos de canalha na sociedade / Uns te roubam a carteira, outros, a dignidade