O Vilipêndio está representado na Coletânea Família Motim Underground 7, com a música Causa Mortis. A iniciativa do Motim é muito interessante, porque abrange cerca de 40 bandas de todos os estilos e lugares do Brasil, e cria uma ótima referência para o que é o underground no Brasil. Serve tanto para as bandas se conhecerem, e, principalmente, para o público que acessar o material disponibilizado no bandcamp do Motim.
Para completar, tem também uma Live, durante a qual são ouvidas todos os grupos. A programação da Live do sábado 11 de março inclui as seguintes bandas: 7Facas, M.Rocker e os Insanos, Anversa, Aura, Babyloids, Black Priest, Bone Thieves, Cabrosa, Casca de Anta, CAUSA, Código Penal, Delinquentes, Desisto, Dr. Murder, Dumafiga, Eclipsed, ExpaNssoM, Banda Flyleaves, Gallblader, I-ARC, Issuih, Kardia Kiss, La com Sétima, LOCKFIST 669, Pátria Refúgio, Luis Maldonalle, Mizzura, Murder, Nocturnal Bleed, Operação Prato, Pacto Social, Padovani”s Death, Realidade Mórbida, Refluxo Mental, CABRA, Retromotor, Skina 77, Sengaya, Sr. Hiponga, Two Four, Beto Lani, Alerta Mental, Prefatory e A Drink to Death.
E o Vilipêndio, claro.
Atualização do post – A coletânea pode ser conferida aqui:
https://motimundergroundoficial.bandcamp.com/album/colet-nea-fam-lia-motim-underground-7
O Vilipêndio disponibilizou no youtube o lyric video de Causa Mortis. A peça, produzida pelo Coletivo Motim Underground, destaca a sonoridade crua e caótica da música e o aspecto niilista e sombrio da letra escrita pelo vocalista/guitarrista Ricardo Caulfield, também autor da faixa.
“Causa Mortis”, a letra, impõe um desconforto ao ouvinte ao contrapor a morte no sentido literal – aquela da qual ninguém escapa e que se quer adiar ao máximo – com a morte metafórica, perpetuada no cotidiano com a morte dos sonhos, das ambições, e, mais ainda, por todas as formas de exclusão.
“Causa Mortis” integra o CD A pressa é amiga da destruição, lançado em 2022 pela banda Vilipêndio nas plataformas digitais.
Confira nessa terça o lyric video:
https://www.youtube.com/watch?v=u-90s0uXdhk
No sábado, 17 de dezembro, vai rolar o Natal Punk no bar Pecado mora ao lado, na Praça da Bandeira. Vão tocar Pacto Social, Tyhell, Repressão Social, Mundo no Kaos e o Vilipêndio. A casa do evento fica na Rua Hilário Ribeiro 196, com ingressos a 10 reais ou 5, na lista amiga. O evento começa às 22h.
Na fissura, sem se apresentar desde 2019, o Vilipêndio pôde, enfim, retomar o gosto de fazer um som ao vivo. E foi na véspera do primeiro turno presidencial, justamente na Lapa, local cuja atmosfera remete a tantos shows da banda, em espaços que, para o bem e para o mal, se confundiam com a própria cena independente. A Lapa foi praticamente o nascedouro da banda, nos idos de 2002.
O show marcou a estréia do baterista Daniel de Castro, que chegou a ensaiar com o Vilipêndio durante algum tempo em 2019 e voltou em agosto de 2022. E as novidades não pararam por aí: estiveram no repertório “Estilo de vida: consumidor”, do CD A pressa é amiga da destruição (2022), executada pela primeira vez, e I dont wanna go down to the basement (do primeiro álbum dos Ramones), bastante tocada pelo Vilipêndio entre 2010 e 2012, com os vocais a cargo do baixista da época, Alex Costa. Por fim, um dos melhores momentos do show ficou com “Nada demais”, música de autoria do batera Daniel de Castro e que havia sido gravada por ele com a banda Homens de Verde.
O evento foi organizado pela banda Pacto Social, que fechou o festival, e teve também a presença da Matilha e da Cara de Porco, que enriqueceram a noite com muito peso.
“A Lapa tem um sabor especial, porque remete ao primeiro show que fizemos, no Sobradão do Rock”, rememorou o vocalista/guitarrista Ricardo Caulfield, único remanescente da formação do Vilipêndio de 2002. Na foto, a formação atual no Estúdio Espaço Ipiranga, com Daniel, Ricardo e a tecladista Simone Caulfield, na banda desde 2014.
“Encontrar as pessoas, o público e as outras bandas era algo que parecia muito distante no auge da pandemia, então de certa forma tem um gosto de recomeço”, refletiu Caulfield, para alertar: “Mas não se pode achar que a Covid desapareceu totalmente… “
No sábado, 1 de outubro de 2022, o Vilipêndio volta aos palcos, de onde estava afastado desde 2019. Esse retorno tem um significado especial, pois serve para comemorar duas décadas de atividades do grupo. Vale comentar a coincidência: a Lapa, que recebe o evento, também foi o bairro que acolheu a banda, em 2002, em sua performance inicial.
Estão escaladas, além do Vilipêndio, as bandas Matilha, Cara de Porco e o Pacto Social. Esta última, comemorando 35 anos de punk rock! O Festival ocorre no Estúdio MDM, na Rua do Resende 82, Lapa.
Nesse show o Vilipêndio tocará músicas dos 4 álbuns da banda, entre outras surpresas. Ingressos no local.
Já está nas plataformas digitais o novo cd do Vilipêndio: A pressa é amiga da destruição, lançado em julho de 2022. O novo trabalho é uma maneira de comemorar os 20 anos da banda, realçando a proposta, que se manteve intacta, de rock em português, com guitarras altas e distorcidas, letras provocativas e cínicas.
A pressa é amiga da destruição foi lançado em formato digital apenas – por enquanto – e contém 16 faixas compostas pelo guitarrista/vocalista Ricardo Caulfield, inspiradas nos sentimentos estranhos e nas angústias que surgiram principalmente durante o momento mais grave da pandemia do Corona vírus, e diante das mazelas proporcionadas pela gestão do atual (des)governo federal.
As músicas propõem um diálogo ininterrupto de estilos, indo do punk, hardcore ao grind, mas passando também por ritmos menos acelerados e com flertes ao estilo stoner. Entre elas, temos “Condenado a viver o dia de ontem”, uma das favoritas de Caulfield, com sua letra contra pior vírus que vem se espalhando na sociedade brasileira: o do ódio.
O disco tem 28 minutos, é curtinho, atravessado pelo desespero e pela sensação de calamidade que pegou o mundo de surpresa e se instalou no Brasil de várias formas. O trabalho traz músicas como Causa Mortis, Planeta Necrotério ou Esperança e êxtase que vão gerar bastante incômodo nas pessoas sensíveis.
Embora de curta duração, o material inclui uma pequena faixa instrumental (O desprezo) e uma vinheta eletrônica (A pressa). Essa última, uma colagem das faixas principais, funciona como um trailer dos “piores momentos” que as letras denunciam ou como resumo macabro da experiência de ouvir “A pressa é amiga da destruição”.
A capa é uma cortesia do Marcio Bukowski, um dos fundadores e principais compositores da banda, tendo permanecido no grupo até 2007.
O Cd foi gravado nos estúdio de Ricardo Caulfield e no Espaço Ipiranga, do produtor Leandro. Com isso, o Vilipêndio comemora os 20 anos de atividade underground com o júbilo de manter a chama acesa!
Voltamos a falar do disco em breve!!!
Esta resenha do CD 15 Abismos, escrita por Marcos Bragatto, saiu originalmente na Revista Rock Press, publicação conduzida pela Claudia Reitberger que, lamentavelmente, nos deixou em 2021.
A imagem acima é uma reprodução disponibilizada no site Rock em Geral, do jornalista Marcos Bragatto.
Esse registro histórico faz parte da comemoração dos 20 anos do Vilipêndio e do cd 15 Abismos. E, de certa forma, é uma reverência aos jornalistas e editores que batalham pela cobertura do rock, no Rio de Janeiro.
O Rock em Geral, site do Bragatto, está no ar e pode ser acessado aqui:
http://www.rockemgeral.com.br/
E a Revista Rock Press atualmente é um Portal administrado pelo fotógrafo e jornalista Michael Menezes, que costumava a ser um dos mais ativos colaboradores da revista:
Faz 20 anos em 2022!
No dia 14 de fevereiro de 2002, no espaço conhecido como Sobradão do Rock, na Lapa, começava a trajetória de shows do Vilipêndio. Nessa primeira apresentação, a formação contava Ricardo Caulfield (vocal), Marcio Bukowski (guitarra), Marcelo Ramiro (baixo) e Nilson Guimarães (bateria). Naquela quinta-feira tocaram ainda o Chapa Kenti e o Manifesto. No repertório do Vilipêndio, músicas do primeiro disco, lançado então, 15 Abismos.
O Vilipêndio havia sido convidado pelos produtores Jorge e Wilma Tavares, que depois vieram a cuidar também do lendário espaço Garage, na praça da Bandeira. Naquela época, os shows jamais iniciavam antes de 1h, mesmo que fosse em uma quinta-feira. Era uma noite chuvosa, em pleno verão, e ninguém conhecia o repertório totalmente autoral da banda.
ANESTESIADO
Gravação do CD “Um segundo de glória”, de 2007Letra e música: Ricardo Caulfield
O corte me sangrou à toa / Não me tornei melhor pessoa / O castigo não me puniu / Parecia até 1º de abril / Estou anestesiado / Estou anestesiado / Contra querer voltar no tempo / Contra culpa e arrependimento / Um olhar vale mil palavras / Difícil é expressar o nada / Mas silêncio diz o que eu sinto / Nele cabe todo meu grito /Pode bater, não vou abrir / Pode falar, não vou ouvir