A carioca Caroline Ausäderer é a nova baixista da banda Vilipêndio. É a primeira vez que ela integra, de forma efetiva, uma banda de rock autoral. E seu primeiro show foi junto a outros conjuntos que representam a força do underground do Rio, como Pacto Social, Mundo no Kaos e Ematoma.
– Foi excelente estrear numa casa tão tradicional como o Garage!, declarou a nova integrante, que admitiu ter ficado um pouquinho tensa com a situação.
Com a entrada de Ausäderer , atualmente o Vilipêndio tem mais mulheres do que homens em sua formação. Na realidade, “homens” se resume a um, o vocalista/guitarrista Ricardo Caulfield. Isso é um dado relevante, uma vez que, em sua trajetória, a banda chegou a ser composta apenas por integrantes masculinos. A situação começou a mudar com a entrada de Simone Caulfield, que está na banda desde 2014, e vinha, até meados desse ano, atuando como tecladista, quando resolveu assumir as baquetas.
– Essa formação atual tem uma característica bastante moderna que é refletir a força que as mulheres têm na cena do hardcore/punk/metal, apontou ela.
Sobre a nova integrante, Caroline vinha ensaiando com o Vilipêndio desde julho de 2023 e logo escolheu sua música favorita do setlist: “Não existem acidentes”, lançada do CD Um segundo de glória, de 2007.
Para ela, uma palavra define o que significou empunhar o baixo durante a apresentação do grupo:
– Eletrizante!!
O show do dia 2 de dezembro que seria no Pecado mora ao lado agora foi remarcado para o Garage Grindhouse, na mesma noite. Mas dessa vez será como uma edição do Sábado Profano Fest, e, além das bandas antes escaladas estarão mais outras escaladas. Atualizando cast: Pacto Social, Mundo no Kaos, Vilipêndio, Interium e Gruta. Entrada a dez reais!
Vale a pena dizer que é a volta do Vilipêndio ao mais tradicional reduto do Underground do Rio, reaberto recentemente (confira mais sobre isso há umas duas ou três notícias abaixo).
Ei, anote aí na agenda de dezembro…No sábado, 2 de dezembro, às 22h, o Vilipêndio vai tocar em evento no bar Pecado mora ao lado, com as bandas Pacto Social, Mundo no Kaos e Ematoma . Outro detalhe: a apresentação será gratuita, ou seja, sobrará mais grana para quem quiser prestigiar o show e tomar uma cerveja!
Novidade? Sim, uma surpresa para quem vier assistir à apresentação: a estreia de baixista! Integrante cuja identidade será revelada no dia do show!
Baixista? Parece pouco, mas isso significará uma grande reestruturação para a banda. Desde a saída de Marcio Klapperich, em 2014, o Vilipêndio não tem alguém tocando baixo de ofício na sua formação. Ele foi substituído por Simone Caulfield, tecladista que fazia as linhas de baixo em seu instrumento. A partir de 2023, Simone passou para a bateria e agora haverá alguém de novo a pilotar as quatro tenebrosas e maléficas cordas!!!
A mudança se deveu muito à vontade de Simone Caulfield de iniciar essa nova fase no grupo, assumindo o desafio das baquetas !
“Logo pensamos que talvez fosse interessante voltar às raízes com guitarra, baixo e bateria”, explicou Ricardo Caulfield, vocal/guitarra, único integrante presente desde o início da banda.
No show do sábado, o Vilipêndio tocará faixas dos 4 cds, sendo que “Fantoches da mídia” volta ao repertório, com um novo arranjo. A música não entrava no setlist desde 2019. Tem gente com saudade dessa aí, com certeza!
Também haverá canções de 15 Abismos, début do grupo lançado no longínquo 2002, que entrou em novembro agora nas plataformas digitais ! “Olhos Vermelhos” não poderia ficar de fora dessa festa !
Aguardamos vocês lá nesse festival punk/hardcore!
Onde estava você quando o Vilipêndio lançou seu disco de estreia em 2002? Bom, talvez nem tivesse nascido, ou esteja hoje entre os veteranos que tenha adquirido – e perdido! – a cópia física do seu cd. Mas quer saber? Isso não importa: agora está disponível nas plataformas digitais o CD 15 Abismos, o primeirão da banda carioca. Agora todas as faixas estão lá no Spotify, Youtube Music, Deezer, Apple Music e Amazon Music. Sim, pode até parecer contraditório, mas essa gravação niilista foi parar nas plataformas digitais!
O disco traz músicas que até hoje são executadas pela banda, tais como “Olhos vermelhos”, “De olhos bem abertos”, “Paraíso” e “Crime Perfeito”.
A característica marcante desse trabalho de estreia é a simbiose entre o hardcore, o punk e o metal, com letras que transitam entre o sarcasmo e a crítica social. Sonoramente, a influência vai de bandas como Motorhead ao Slayer a outras de thrash. É possivelmente o CD da discografia do Vilipêndio que possui mais momentos hardcore, como em “Destruir”, “Medo” e “Verde e amarelo”, esta última, bem longe de ser um hino patriótico, demonstra, com deboche, uma metáfora para o que se conhece por Brasil. Também se destaca o conceito embutido em três faixas que, seguidas, dialogam entre si: “Tudo o que existe”, A realidade é”, e “Ambição”, formando uma epopeia depressiva. De modo geral, mesmo soando bem originais, as músicas demonstram sintonia com muito do punk/metal que se fazia na época e carrega influências de metal brasileiro oitentista, principalmente no aspecto da garra e das letras de protesto.
O Álbum traz “Crime perfeito” praticamente tocada em todos os shows desde então. “De olhos bem abertos”, também desse disco, é outra das preferidas e tem, em sua temática sadomasoquista, uma referência intencional a De olhos bem fechados, o clássico filme de Kubrick. O disco é o único registro (até agora!) com o baterista Alex Salinger, que não chegou a fazer shows com o grupo. Outros momentos muito lembrados pelos seguidores são “Olhos vermelhos” e “Eu defendo a lei”, que estão entre as mais intrincadas e polêmicas. Por sinal, 15 Abismos marcou a estreia da parceria de composição Bukowiski-Caulfield, que se estende também ao trabalho seguinte da banda, Um segundo de glória . A crítica reverberou entre o ótimo e o péssimo, e, em sintonia com a banda, não ofereceu meio termo.
O Vilipêndio termina o álbum com seu momento mais lírico, “Oração para os invejosos”, faixa melódica em que vários estilos de rock dialogam, com destaque para o solo de guitarra viajante.
Ficha Técnica
Ano de lançamento: 2002
Baixo e guitarra: Márcio Bukoski
Bateria: Alexandre Salinger
Voz e guitarra-solo: Ricardo Caulfield
Produção: Carlos Lopes
Estúdio Manhattan, Tijuca, RJ
Esse mês tem uma data bem marcante: o dia 3 de outubro. Nessa ocasião, em 2003, o Garage fazia sua reabertura após passar cerca de um ano fechado. O Vilipêndio foi uma das bandas que se apresentaram na ocasião. Na época, a casa passava a ser administrada pelo Jorge e Willma Tavares e se chamava Garage- Sobradão do Rock. Fomos convidados pela banda Jone Brabo e pelos administradores da casa e essa inauguração foi um marco na época. No mesmo ano haveria ainda uma apresentação da Pitty, que foi um show de grandes proporções que ajudou a consolidar essa nova fase da casa. Ainda na gestão de Jorge e Wilma Tavares, o Vilipêndio voltou a tocar mais vezes, algumas com os colegas da UPI (União Punk Independente), e em shows avulsos. Vale destacar um show como uma das abertura do Cólera. Fomos convidados pelo Pacto Social, que também tocou, além de 8mm, Eutanásia e Insanidade. Foram alguns shows
Mas, agora, a boa notícia: o Garage, esse indescritível templo do underground do Rio de Janeiro, pode voltar à ativa! Está rolando um crowndfunding para arrecadar a quantidade necessária de dinheiro para as obras e reformas, além dos equipamentos. O protagonista é o músico/agitador cultural Bruno Borges. É sempre bom lembrar que esse foi o palco de apresentações antológicas
Para saber mais sobre a proposta e fazer a sua contribuição:
No dia 17 de julho, o Vilipêndio participou do Festival Punk Rj versão Riot, só com bandas que têm integrantes femininas (pelo menos uma). A experiência foi gratificante, dividindo o palco com as bandas Repressão Social, Desvio de Conduta (DDC), Leptospnoise, e com Mentruação Anárkica e Valla, que vieram respectivamente de São Paulo e Minas Gerais.
Esse show foi a estreia de Simone Muniz como baterista do Vilipêndio e a banda se apresentou como dupla (pela sexta vez em sua história de mais de 20 anos segundo a apuração). Simone está no Vilipêndio desde 2014, mas vinha até então como tecladista, além de fazer backing vocais.
No setlist: A viagem, Paraíso, Shangri-lá, Anestesiado, O santo da televisão, Não existem acidentes, Estilo de vida: consumidor, Refrigerante sabor morte, Nenhum mundo é o mundo que restou, De olhos bem abertos, Crime Perfeito.
Pela primeira vez foram tocadas: Nenhum mundo é o mundo que restou (do cd A eternidade do caos) e Refrigerante sabor morte (de A pressa é amiga da destruição).
No sábado 15 de Julho vai rolar o Festival Punk RJ, em sua versão Riot, com uma seleção de bandas que têm uma ou mais integrantes do sexo feminino em sua formação.
E quem vier vai poder conferir os shows das bandas Valla (MG), Menstruação Anárquika (SP), Desvio De Conduta, Vilipêndio, Repressão Social e Leptospnoise.
Então a hora é essa: a entrada é gratuita, e o show ocorre no Bar Oásis, que vem se estabelecendo como um espaço de resistência para a cultura underground no Rio de Janeiro.
O Vilipêndio está participando da Coletânea Família Motim Underground. Dessa vez, estamos com as bandas Black Voodoo, Cabanos, Operação Prato, Casca de Anta, Consequência da Revolta, Depois do Inferno, Dumafiga, Grindcore Godzilla Extravaganza, Issuih, Indigno Dogma, Padovani´s Death, Irmã Thalita, Motocontinuo, Korvak, Sporro Grosso, Mollotov Attack, Morfina, N.I.C.O., Pacta Corvina, Prefatory, Psychotic Apes, Punkzilla, Raging War, Sturzen, THLP Graveyard, Agente Secreto, Videosonic, War Brain,
Alambic, Barrones, Fun For Freaks, Farpado, Fulminante, Ruggaru, Agente Secreto, Mortal Profecia, Soco HC e Toxic Death.
O mais interessante é ter uma excelente amostra de bandas de diferentes estilos, muitas delas também cantando em português. Tem do hard rock ao punk, passando pelo progressivo, thrash, death, etc
A música escolhida é Refrigerante sabor morte, que integra o CD A pressa é amiga da destruição, de 2022.
Você pode conferir a coletânea pelo link:
https://motimundergroundoficial.bandcamp.com/album/colet-nea-fam-lia-motim-underground-8
Daniel de Castro não é mais o baterista do Vilipêndio. Em breve, a banda anuncia quem assumirá as baquetas. O Vilipêndio agradece a Daniel pela dedicação durante o período, e não descarta a possibilidade de futuras parcerias.
Na quarta 5 de abril, o Programa Dissonância tocou a faixa “Refrigerante sabor morte”, do álbum “A pressa é amiga da destruição”, lançado no ano passado. A música foi escolhida pela própria equipe do programa.
O Dissonância é um programa que traz rock alternativo e também punk rock e outros estilos fora do mainstream. Vai ao ar pela web no Facebook ou pelo Twitch toda quarta, às 16h, com a apresentação de Carol Dempsey e André Abreu. A iniciativa de muita qualidade faz parte da programação da webradio Conectados. Para quem quiser conferir o programa com o Vilipêndio, o link é o seguinte: